De acordo com o Presidente da República, continua a não haver democracia sem uma elite. A frase foi proferida a pretexto da necessidade de mudanças no ensino superior. Isto porque é das universidades que, de acordo com o Presidente, deve vir a elite que é condição essencial para derrotar os perigos que ameaçam o “regime democrático e republicano”.
É frase é bem sintomática do modo como uma intelegentsia feita de comentadores, jornalistas e políticos se apropriou da palavra democracia, entendida como sinónimo dos regimes constitucionais e parlamentares que vigoram no ocidente. Mas a ideia transmitida por Sampaio é justamente o oposto da democracia. Ao governo das elites chamamos oligarquia, e o que o PR designa pelo duplo nome de democracia e república é justamente uma oligarquia. O que o preocupa neste caso é o peso que uma elite específica, a universitária, tem na condução dos destinos do estado, ou seja, o problema é a composição particular da oligarquia, que Sampaio vê cada vez mais monopolizada pelos ricos. Mas a elite ser mais ou menos tecnocrata nada tem a ver com a democracia.
A democracia opõe-se justamente ao processo oligárquico de usurpação do espaço e dos bens públicos por uma elite que transita entre as universidades de prestígio, as grandes empresas e o estado, e a luta democrática é a luta pela reapropriação igualitária desse espaço.
É frase é bem sintomática do modo como uma intelegentsia feita de comentadores, jornalistas e políticos se apropriou da palavra democracia, entendida como sinónimo dos regimes constitucionais e parlamentares que vigoram no ocidente. Mas a ideia transmitida por Sampaio é justamente o oposto da democracia. Ao governo das elites chamamos oligarquia, e o que o PR designa pelo duplo nome de democracia e república é justamente uma oligarquia. O que o preocupa neste caso é o peso que uma elite específica, a universitária, tem na condução dos destinos do estado, ou seja, o problema é a composição particular da oligarquia, que Sampaio vê cada vez mais monopolizada pelos ricos. Mas a elite ser mais ou menos tecnocrata nada tem a ver com a democracia.
A democracia opõe-se justamente ao processo oligárquico de usurpação do espaço e dos bens públicos por uma elite que transita entre as universidades de prestígio, as grandes empresas e o estado, e a luta democrática é a luta pela reapropriação igualitária desse espaço.