Vocemecê é que tem sorte – tem uma caixa!
Há uma esquerda em Portugal que é demasiado delicada, profundamente comprometida e bonomicamente instalada. Lê uns blogues internacionais, deixa outros para trás. Excita-se com alguns acontecimentos e cai num sono entropecedor com outros. Passeia a sua jactância cultural pelos abafados corredores da inteligentzia e fica siderada com o fausto das grandes salas de recepção e dos tapetes vermelhos estendidos à porta dos palácios do poder.
Esta esquerda amofinou-se com os atropelos à liberdade de expressão que o Cartoons’ affair instigou a debater. Coitadinhos dos jornalistas e dos cartonistas vítimas dos mafiosos do multiculturalismo e dessa horda de bárbaros -que cada vez se encontra mais dentro da cidade e menos fora das muralhas- que lhes puseram a cabeça a prémio – guinja esta esquerda como saguins aos quais puxaram o rabo. Esta esquerda esquece-se que o partido que governa a Dinamarca é este
(já repararam como são tão lourinhos) que a senhora que viu consolidada a sua maioria no parlamento após as eleições de 8 de Fevereiro é esta (e perguntamo-nos ingenuamente: terá ela capitalizado com o escândalo das caricaturas?)
Que o partido que esta senhora governa é assumidamente de extrema-direita e que se chama Partido do Povo Dinamarquês.
Que este senhora tem escrito abundantemente contra o Islão e contra as comunidades muçulmanas na Dinamarca que por ela é governada.
The leader of the Danish People's Party, Pia Kjaersgaard, responded to Swedish criticism by saying: "If they want to turn Stockholm, Gothenburg or Malmoe into a Scandinavian Beirut, with clan wars, honour killings and gang rapes, let them do it. We can always put a barrier on the Oeresund Bridge."
(Para quem pensa que as citações reproduzidas acima foram proferidas como resposta aos protestos do mundo árabe está enganado. Estas afirmações foram feitas após um protesto sueco relativamente ao êxodo de dinamarqueses com conjuges estrangeiros em direcção às cidades suecas do sul.)
Que as relações entre o Jyllands-Posten e este partido são mais do que fortuitas e que as caricaturas foram o resultado de um concurso, logo escolhidas criteriosamente.
E que a Dinamarca, desde que este partido faz parte do governo (2002) adoptou a política migratória mais restritiva da Europa (que já tem políticas restritivas). Que aboliu a possibilidade de asilo por razões humanitárias estabelecendo apenas critérios mínimos concordantes com a Convenção de Genebra sobre refugiados. Que impôs o período mais alargado da Europa dos 15 em relação à reunificação familiar e obriga os cidadãos dinamarqueses a provarem que possuem laços mais fortes com a Dinamarca do que com qualquer outro país.
Há ceguinhos que nem sequer uma caixa de esmolas merecem.
Esta esquerda amofinou-se com os atropelos à liberdade de expressão que o Cartoons’ affair instigou a debater. Coitadinhos dos jornalistas e dos cartonistas vítimas dos mafiosos do multiculturalismo e dessa horda de bárbaros -que cada vez se encontra mais dentro da cidade e menos fora das muralhas- que lhes puseram a cabeça a prémio – guinja esta esquerda como saguins aos quais puxaram o rabo. Esta esquerda esquece-se que o partido que governa a Dinamarca é este
(já repararam como são tão lourinhos) que a senhora que viu consolidada a sua maioria no parlamento após as eleições de 8 de Fevereiro é esta (e perguntamo-nos ingenuamente: terá ela capitalizado com o escândalo das caricaturas?)
Que o partido que esta senhora governa é assumidamente de extrema-direita e que se chama Partido do Povo Dinamarquês.
Que este senhora tem escrito abundantemente contra o Islão e contra as comunidades muçulmanas na Dinamarca que por ela é governada.
The leader of the Danish People's Party, Pia Kjaersgaard, responded to Swedish criticism by saying: "If they want to turn Stockholm, Gothenburg or Malmoe into a Scandinavian Beirut, with clan wars, honour killings and gang rapes, let them do it. We can always put a barrier on the Oeresund Bridge."
(Para quem pensa que as citações reproduzidas acima foram proferidas como resposta aos protestos do mundo árabe está enganado. Estas afirmações foram feitas após um protesto sueco relativamente ao êxodo de dinamarqueses com conjuges estrangeiros em direcção às cidades suecas do sul.)
Que as relações entre o Jyllands-Posten e este partido são mais do que fortuitas e que as caricaturas foram o resultado de um concurso, logo escolhidas criteriosamente.
E que a Dinamarca, desde que este partido faz parte do governo (2002) adoptou a política migratória mais restritiva da Europa (que já tem políticas restritivas). Que aboliu a possibilidade de asilo por razões humanitárias estabelecendo apenas critérios mínimos concordantes com a Convenção de Genebra sobre refugiados. Que impôs o período mais alargado da Europa dos 15 em relação à reunificação familiar e obriga os cidadãos dinamarqueses a provarem que possuem laços mais fortes com a Dinamarca do que com qualquer outro país.
Há ceguinhos que nem sequer uma caixa de esmolas merecem.
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