Self-fullfilling prophecy
A publicação diária de sondagens pela Marktest despoletou uma polémica sobre o efeito autoconfirmatório que “estas” sondagens produzem. A premissa é a de que “estas” sondagens geram efeitos que condicionam as escolhas do eleitorado. Começando pela tautologia que esta premissa encerra, podemos contrapor que todas as sondagens geram efeitos autoconfirmatórios e não “estas” em particular. Uma sondagem sobre a escolha dos consumidores relativamente ao seu supermercado preferido possui igualmente efeitos autoconfirmatórios. Ou uma sondagem sobre o comportamento sexual das pessoas tem potencialmente a capacidade para os modificar. E é também isso que acontece diariamente no mercado bolsista ou nas reacções de pânico que levam aos crashes da bolsa. Por conseguinte, dizer que “estas” sondagens geram um efeito autoconfirmatório é o mesmo que dizer que um relógio de cuco faz cu-cu! Esta ideia dos efeitos autoconfirmatórios é simplesmente uma tradução do conceito de self-fullfilling prophecy cunhado por Merton nos idos anos 50 do século passado e que tem sido objecto das mais diversas aplicações.
Um segundo aspecto prende-se com a forma como o argumento é esgrimido. Dir-se-ia que soa a qualquer coisa entre o pânico e a histeria a la Freud. Se a histeria é capaz de formar raciocínios delirantes e associações incoerentes, se ela provoca no paciente uma perda de contacto com a realidade, este é com certeza um exemplo. Cada vez me convenço mais que Soares teve azar com a sua nova entourage.
Um segundo aspecto prende-se com a forma como o argumento é esgrimido. Dir-se-ia que soa a qualquer coisa entre o pânico e a histeria a la Freud. Se a histeria é capaz de formar raciocínios delirantes e associações incoerentes, se ela provoca no paciente uma perda de contacto com a realidade, este é com certeza um exemplo. Cada vez me convenço mais que Soares teve azar com a sua nova entourage.
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