A esquerda e o terror
Diz Ribeiro e Castro que "o terrorismo tem origem numa deriva totalitária extremista e cruel cuja raiz de pensamento é de esquerda", e que esta conclusão deve "estar presente no consenso contra o terrorismo". Esta referência ao consenso sobre o terrorismo é bem esclarecedora das intenções de Ribeiro e Castro. Não é apenas nas FP-25, nas brigadas vermelhas ou no Sendero Luminoso que o líder do PP pensa. Dizer que esses movimentos têm origem num pensamento de esquerda seria uma banalidade. É ao terrorismo do fundamentalismo Islâmico que Ribeiro e Castro quer associar a esquerda.
O problema nem sequer é que o diga, mas sim que o diga sem se rir. Se existe equivalente no “ocidente” ao fundamentalismo islâmico é o fundamentalismo cristão representado pela administração americana ou o fundamentalismo judaico que vê o território de Israel como exclusivamente judaico e que recusa qualquer entendimento com os palestinianos.
O problema é justamente o nome “terrorismo”, ao contrário do que se possa pensar, um nome cujo significado é tudo menos transparente, porque carregado de instrumentalizações políticas. Os terroristas da “Al-qaeda” de hoje são os rebeldes afegãos de ontem quando se opunham à União Soviética. “Terroristas” era a designação dada pelo Estado Novo aos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas. O que deve estar presente na luta contra o terrorismo é justamente que não existe consenso quanto à sua natureza.
Mas não deixa de ser irónica a tentativa de Ribeiro e Castro de associar esquerda e violência política. Nas suas próprias palavras "é importante que a esquerda se saiba libertar dessas suas referências tremendas de violência, crueldade e intolerância". Ora quem o diz é o líder do partido que no pós-25 de Abril foi o herdeiro político da ditadura fascista. Tamanho desplante leva a crer direita anda de facto muito confiante nos dias que correm.
O problema nem sequer é que o diga, mas sim que o diga sem se rir. Se existe equivalente no “ocidente” ao fundamentalismo islâmico é o fundamentalismo cristão representado pela administração americana ou o fundamentalismo judaico que vê o território de Israel como exclusivamente judaico e que recusa qualquer entendimento com os palestinianos.
O problema é justamente o nome “terrorismo”, ao contrário do que se possa pensar, um nome cujo significado é tudo menos transparente, porque carregado de instrumentalizações políticas. Os terroristas da “Al-qaeda” de hoje são os rebeldes afegãos de ontem quando se opunham à União Soviética. “Terroristas” era a designação dada pelo Estado Novo aos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas. O que deve estar presente na luta contra o terrorismo é justamente que não existe consenso quanto à sua natureza.
Mas não deixa de ser irónica a tentativa de Ribeiro e Castro de associar esquerda e violência política. Nas suas próprias palavras "é importante que a esquerda se saiba libertar dessas suas referências tremendas de violência, crueldade e intolerância". Ora quem o diz é o líder do partido que no pós-25 de Abril foi o herdeiro político da ditadura fascista. Tamanho desplante leva a crer direita anda de facto muito confiante nos dias que correm.
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