Comecemos por afirmar o óbvio: as recentes declarações do Presidente Iraniano, Mohammed Ahmadinejad, são inequivocamente anti-semitas. O Negacionismo, que consiste em negar a verdadeira dimensão, ou a própria existência, do genocídio Nazi, é uma forma envergonhada de defender o regime de Hitler. Foi isso que Ahmadinejad fez quando se referiu ao holocausto como um “mito”, negando-lhe portanto a existência histórica. Mas fê-lo num contexto de crítica ao Estado de Israel, o que serviu para alimentar ainda mais a confusão que os defensores da política do Estado de Israel querem promover entre anti-semitismo e crítica a Israel. E não faltou quem apontasse o Irão como uma perigosa ameaça à paz no médio oriente, provavelmente a pedir, sem o dizer abertamente, uma nova expedição punitiva do polícia americano. Por isso estas declarações não podiam ser mais do agrado dos defensores do império americano e da política do Estado de Israel: de uma só vez permitem a Israel aparecer como vítima ameaçada pelos vizinhos, e justificam uma possível intervenção em nome dessa ameaça.
Mas a confusão não vem só da direita. Alguma esquerda teima em negar o óbvio: que existe anti-semitismo entre algumas populações muçulmanas. A oposição inequívoca à política externa dos Estados Unidos e do seu aliado Israel não torna aceitável o anti-semitismo, sob nenhuma das suas formas. Nem se pode, em nome da opressão ao povo palestiniano ou aos “árabes”, ter qualquer condescendência pelo anti-semitismo, ao qual não só temos de nos opor como também ser vigilantes em relação ao seu crescimento, aqui mesmo na Europa. Não se pode condenar o racismo sob algumas das suas formas, ou quando os seus alvos são os “negros” ou os “árabes”, e ser compreensivo quando o alvo são os “judeus”.
E há também quem faça o movimento contrário, ou seja, quem parta do anti-semitismo nazi para se opor ao Estado de Israel, invocando argumentos que se podem facilmente confundir com os da esquerda. Veja-se o site de David Duke, ex-líder do Ku-Klux-Klan. Mas o facto de haver quem critique Israel e seja Amti-Semita não pode levar à conclusão de que toda a crítica à política de Israel é Anti-Semita. É que o facto de Israel se declarar um estado judaico não faz com que toda a crítica que lhe seja dirigida seja uma crítica aos “judeus” enquanto povo. È uma crítica às políticas concretas de uma entidade politica e histórica que é o Estado de Israel, e não a uma comunidade étnica, cultural e religiosa.
Mas a confusão não vem só da direita. Alguma esquerda teima em negar o óbvio: que existe anti-semitismo entre algumas populações muçulmanas. A oposição inequívoca à política externa dos Estados Unidos e do seu aliado Israel não torna aceitável o anti-semitismo, sob nenhuma das suas formas. Nem se pode, em nome da opressão ao povo palestiniano ou aos “árabes”, ter qualquer condescendência pelo anti-semitismo, ao qual não só temos de nos opor como também ser vigilantes em relação ao seu crescimento, aqui mesmo na Europa. Não se pode condenar o racismo sob algumas das suas formas, ou quando os seus alvos são os “negros” ou os “árabes”, e ser compreensivo quando o alvo são os “judeus”.
E há também quem faça o movimento contrário, ou seja, quem parta do anti-semitismo nazi para se opor ao Estado de Israel, invocando argumentos que se podem facilmente confundir com os da esquerda. Veja-se o site de David Duke, ex-líder do Ku-Klux-Klan. Mas o facto de haver quem critique Israel e seja Amti-Semita não pode levar à conclusão de que toda a crítica à política de Israel é Anti-Semita. É que o facto de Israel se declarar um estado judaico não faz com que toda a crítica que lhe seja dirigida seja uma crítica aos “judeus” enquanto povo. È uma crítica às políticas concretas de uma entidade politica e histórica que é o Estado de Israel, e não a uma comunidade étnica, cultural e religiosa.
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