o bailinho da Madeira
Em pleno êxtase da festa, o Dr. João Jardim anunciou que não deseja na sua ilha a presença de chineses, indianos e imigrantes de leste; segundo a sua versão, vêm para roubar o emprego aos madeirenses, coisa que estes também fizeram e continuam a fazer aos sul-africanos como forma de fugir à fome, e que aliás é usual numa sociedade aberta, competitiva e com uma economia de mercado. É natural que na Madeira o receio seja grande, onde os argumentos para competir com os imigrantes são poucos, derivado de uma sociedade fechada, pouco dinâmica e onde o poder apostou na ignorância da sua população como forma de se auto-perpetuar. Por tudo isto, e pelo poder da voz do Dr Jardim, a Madeira é um barracão de pólvora para a xenofobia e o racismo, e o Dr. Jardim ateou o primeiro fósforo, puxando os limites do seu populismo até à vergonha nacional. Há muito que a festa na Madeira deixou de ser agradável, hoje é penoso, enxovalhante e inadmissível que o Estado Português seja representado por uma figura destas. Claro está que a responsabilidade é, primeiro e principalmente, dos madeirenses, que continuam a acreditar que vivem num circo.
2 Comments:
At 6:51 da tarde, Anónimo said…
Um dos problemas é que até pessoas inteligentes como o Pacheco Pereira, que até condenam as (algumas) atitudes do Alberto João Jardim, vêm dizer que se vivessem na Madeira votariam nele (ver revista "Sábado", de há 2 semanas, a propósito dos "bastardos" e "filhos da puta" jornalistas do continente). É também por causa destas ambiguidades que o circo continua.
Parabéns pelo blog. Tenho gostado muito.
At 2:19 da tarde, achasprafogueir@ said…
Pois...
E onde para o Sr. Presidente da República para por ordem na casa? Ou será que comentários ordinários e afirmações xenófobas por parte de um membro do conselho de estado não têm qualquer significado?
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